Ano: 2024
Área do Projeto: 28m²
Local: São Paulo/SP
Status: Em desenvolvimento
Arquitetos: Beatriz Cressoni, Carolina Moretti e Henry Farkas
O descanso em meio ao movimento, a neutralidade em meio ao contraste.
A criação de momentos é um fenômeno contemporâneo. Somos bombardeados diariamente com imagens, informações, sons e as mais diversas experiências visuais. Em um mundo cada vez mais social e digital, o bucólico e as texturas se fazem necessárias para a formação de lembranças e experiências físicas. A partir deste desejo, surge a demanda da cliente em um apartamento estúdio de 28m² no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. Na cidade que nunca dorme se faz necessário portanto, um lugar para se deitar e relaxar.
Assim, um desafio se fez presente: Como criar momentos em um local de espaço reduzido? A resposta inicia-se através do contraste: Na entrada do projeto. A cor se faz presente nos ambientes do hall de entrada e na cozinha. Revestidas com ladrilho azul nos planos do piso e parede, cria-se a sensação de adentrar em um espaço diferente do usual. Na cozinha, compacta, temos a conversa entre a facilidade e rapidez do dia a dia, contudo, sem perder sua funcionalidade. Aqui, têm-se um momento.
Tanto no banheiro quanto na varanda, decide-se por um momento de mais naturalidade, onde acabamentos existentes são mantidos e um respiro perante os espaços de contraste se faz necessário. Na cidade tão barulhenta e movimentada, o respirar faz bem.
No espaço da cama, surge tanto a ideia de um móvel multifuncional, de armazenamento e exposição , quanto na escolha de circundar o espaço vertical do apartamento através de prateleiras e na criação de um banco, que permite a contemplação da vista para a paisagem urbana. Pontos de cores aparecem em mobiliários e decoração, e a textura se faz presente nessa junção de sentidos, desde o piso com granilite às portas de chapa perfurada. Em uma cidade tão diversa, o momento de sentir é criado.
Azul se faz presente na brasilidade e nas nossas origens. Da nossa bandeira a nossos mares, de armários aos ladrilhos, portanto, Obi vem como escolha do nome, Azul em Tupi-Guarani. Arquitetura brasileira de alma.